A nossa visita começou no Largo de Jesus, que se chamava antigamente "Sapal de Troino" e onde se situa a Igreja de Jesus. Esta igreja foi construída a pedido da D. Justa Rodrigues Pereira e foi mandada construir por D. João II. O autor deste projecto foi o mestre Diogo Boitaca.
No interior da igreja vimos as colunas, os azulejos e a porta de grades do Coro Alto. A porta, as janelas e as colunas são feitas com a pedra da brecha da Arrábida.
Terminámos a visita à igreja, indo ver o retábulo (conjunto de quadros, neste caso, 14) que existiu antigamente no altar-mor da igreja. Estes quadros foram mandados pintar por D. Leonor, esposa de D. João II.
Daqui, deslocámo-nos para o centro da cidade dentro das muralhas, mas antes passámos sobre a ribeira do Livramento, que hoje está coberta.
Chegámos, então, à zona da muralha, entrámos pela antiga Porta de Santa Catarina. Nesta rua vimos que as casas têm uma porta estreita, que dá acesso ao 1º andar e uma mais larga, que era o armazém, a loja ou o espaço onde trabalhavam os artesãos.
Continuámos até à Praça do Bocage, mas antes parámos junto a um Passo (género de capela). Na Praça do Bocage vimos o edifício chamado "Casa da guarda" e ficámos a saber que o nome dessa praça era "Largo das Couves" e mais tarde "Praça do Sapal".
Na Praça do Bocage vimos os portais manuelinos da igreja de S. Julião e na torre o seu relógio com numeração romana.
Da Praça do Bocage seguimos até ao "Largo da Ribeira Velha", antigamente chamado "Largo das Canastras". Este nome deve-se ao facto de ser ali, naquele largo, que se vendia o peixe, pois a praia era logo ao sair do arco, onde hoje existe a avenida Luísa Todi. Vimos também numa casa um "registo da propriedade" feito em azulejos azuis e brancos. Estes surgiram depois do terramoto de 1755.
Seguimos com a nossa visita até à "fábrica de conservas" do tempo dos romanos, onde podemos ver as salgadeiras do peixe e da pasta garum.
Finalmente dirigimo-nos à "Igreja de Santa Maria, também conhecida por a Sé de Setúbal". Quando lá estávamos os sinos do relógio tocaram as doze badaladas.
Esta visita foi guiada pela Dra. Leonor e foi para nós uma experiência interessante e importante para o conhecimento da história da nossa cidade.
Texto escrito pelos alunos do 4º A